sexta-feira, 12 de novembro de 2010

BOM exemplo!


Termina nessa sexta-feira, 12 de novembro, a formação da primeira turma de capacitadores do Projeto Agentes de Leitura. Promovido pelo Ministério da Cultura, por meio da Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio, a ação foi o primeiro passo de um projeto que capacitará centenas de jovens que levarão leitura para comunidades carentes em 19 municípios brasileiros.
A primeira turma formou 30 profissionais que irão capacitar os jovens selecionados para o projeto. A princípio serão 619 agentes de leitura que irão atuar no projeto desenvolvido pelo governo do estado do Rio de Janeiro em 16 cidades, e pelas prefeituras de Nilópolis (RJ), Belo Horizonte (MG) e São Bernardo do Campo (SP).
Os agentes serão jovens entre 18 e 29 anos que visitarão comunidades de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e desenvolverão atividades de estímulo à leitura, como contação de história, rodas de leitura, entre outras. Cada agente receberá uma bolsa de R$ 350 por mês e atuará na comunidade, visitando regularmente 25 famílias.
Os profissionais capacitados nessa primeira turma começarão a repassar a formação aos futuros agentes ainda este mês. A primeira cidade a capacitar os agentes é São Bernardo do Campo (SP), a partir do dia 22 de novembro. Na cidade paulista, os primeiros 272 agentes começam a atuar em janeiro do ano que vem. O município irá lançar, futuramente, edital para a seleção de outros 128 agentes.
A cidade de Nilópolis (RJ) está com as inscrições abertas para a seleção dos agentes até o dia 22 de novembro. Os capacitadores prevêem formar os 24 jovens em fevereiro do ano que vem. Para os interessados em atuar no estado do Rio de Janeiro, as inscrições são até 10 de dezembro, com previsão de seleção de 200 agentes em 9 de janeiro. Em Belo Horizonte, a previsão é que o edital para seleção de 123 agentes seja lançado ainda este ano. Também já lançaram seus editais os estados do Acre (88 pessoas) e do Maranhão (90 agentes).

Fonte: www.ecodesenvolvimento.org.br/noticias/jovens-serao-capacitados-para-se-tornarem-agentes

terça-feira, 28 de setembro de 2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ler é entretenimento!



        















  “O desenvolvimento de interesses e hábitos permanentes de leitura é um processo constante, que principia no lar, aperfeiçoa-se sistematicamente na escola e continua pela vida afora.”
  Bamberger

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ler devia ser proibido...

A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.

Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.

Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.

Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?

Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.

Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.

Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.

Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.

O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?

É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova... Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.

Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.

Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.

Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos... A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.

Ler pode tornar o homem perigosamente humano.

Guiomar de Grammon, In: PRADO, J. & CONDINI, P. (Orgs.). A formação do leitor: pontos de vista. Rio de Janeiro - Argus, 1999. pgs.71-73.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

"A MENINA QUE ODIAVA LIVROS"

"Ler devia ser proibido"

Incentivo à Leitura

Quais são as condições didáticas da escrita?

Literatura do 1º ao 5º ano: ajude os alunos a ler com autonomia

 

É nos anos iniciais do Ensino Fundamental que o aluno começa a construir sua autonomia como leitor. Para isso, é importante intercalar a leitura feita pelo professor com momentos em que todos devem ler sozinhos tanto na escola como em casa. Mas nada de resumos e questionários padronizados para testar os estudantes. Mais produtivo, para quem quer formar leitores, é organizar rodas para o compartilhamento de opiniões, propor trocas de livros entre os colegas e incentivá-los a seguir um autor ou um tema de que gostem.

Por que ler
Se os estudantes já estão habituados às rodas de leitura e têm contato com os livros, cabe ao professor do 1º ao 5º ano começar a colocá-los em contato com textos mais complexos para ampliar a familiaridade com a literatura. "Que tal selecionar um romance que prenda a atenção da turma e ler um capítulo por dia?", sugere Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA. Numa fase da vida (e da escolarização) em que é preciso dar espaço para que as crianças ganhem autonomia e consigam ler sozinhas com mais facilidade, perder o medo dos livros maiores é fundamental - e o mesmo vale para os gêneros considerados mais difíceis, como a poesia.

Quem lê
Além do professor, as crianças (mesmo ainda não plenamente alfabetizadas) devem ser estimuladas a ler. No contato pessoal com os livros, elas começam a desenvolver a autonomia - e isso só se faz lendo. Em classe, é possível também organizar atividades em duplas e, claro, discussões coletivas sobre
as obras.

Como ler
Do 1º ao 5º ano, é importante criar uma comunidade de leitores em classe - ou seja, espaços em que todos tenham a chance de participar e opinar. Em seus livros, Delia Lerner sugere "desenvolver, em cada ano escolar, atividades permanentes ou periódicas concebidas de tal modo que cada um dos estudantes tenha a possibilidade de ler uma história para os demais ou escolher um poema para ler aos colegas". Outra sugestão é incentivar os alunos a trocar livros e indicações de autores. Eleger um tema de interesse comum (piratas ou histórias de terror, por exemplo) e ler vários textos desse tipo também costuma funcionar. 



 

sábado, 7 de agosto de 2010

• O que é “Rodas de Leituras: Ler é (re)criar”?
É um projeto que busca incentivar a leitura, a circulação de obras literárias, além de despertar a reflexão e a discussão de tais obras, a partir do envolvimento com o teatro e com as artes plásticas.

• Onde acontecerá o “Rodas de Leituras: Ler é (re)criar”?
Num primeiro momento, o projeto será implantado nas escolas públicas da cidade de João Monlevade. No entanto, suas etapas de execução preveem a utilização de espaços
públicos da cidade, fora do espaço escolar. “LEVAR A ESCOLA PARA AS RUAS, DE CARONA COM A LITERATURA.”
Demais etapas: Toda a população da cidade de João Monlevade.

Como “Rodas de Leituras: Ler é (re)criar” será executado?
O projeto “Rodas de Leituras: Ler é (re)criar” será dividido em duas etapas:

1)Rodas de Leituras: Promover as ações de envolvimento dos alunos com o universo da literatura, proporcionando a eles, explorar os acervos literários disponíveis em nossa cidade.

1.1) Ações de Rodas de Leituras: Oficinas, palestras, workshops e visitas guiadas às Bibliotecas locais.

2) Ler é (re)criar: promoverá, a partir da escolha dos alunos e das escolas envolvidas, intervenções artísticas na cidade de João Monlevade. As intervenções são propostas de ações em espaços públicos, nas quais apresentaremos releituras das obras literárias, do teatro e das artes plásticas.

2.2) Ações de Ler é (re)criar: promoverá 3 programas principais de ações na cidade, são eles: De carona nos textos, Pintura sobre Literatura e Literatura em Cena.

A) Programa “De carona nos textos”: prevê realização de um concurso literário a e publicação dos melhores textos produzidos durante as oficinas.
Ao eleger as melhores produções, pretendemos publicá-las, na forma de “lâminas” que serão afixadas nos veículos de transporte público da cidade, a exemplo do projeto “Leitura para todos” que acontece na região metropolitana de Belo Horizonte.

B) Programa “Pintura sobre Leitura”: prevê a realização de
painéis de pintura que levará aos espaços públicos da cidade - tais como muros, postes e calçadas - pinturas feitas pelos alunos participantes do projeto. Estas pinturas serão criações baseadas nas leituras realizadas pela primeira etapa do projeto.

C) “Literatura em cena”: prevê a montagem de pequenas peças teatrais que relatem a “leitura própria” dos alunos sobre as obras estudadas na primeira etapa do projeto. As peças serão apresentadas em espaços públicos da cidade, como as praças públicas e poderão ser acompanhadas de campanhas de incentivo à leitura e doação de livros.

Por que realizar “Rodas de Leituras: Ler é (re)criar?”

O projeto se insere numa proposta “de assegurar e democratizar o acesso à leitura e ao livro a toda a sociedade, com base na compreensão de que a leitura e a escrita são instrumentos indispensáveis na época contemporânea para que o ser humano possa desenvolver plenamente suas capacidades, seja no nível individual, seja no âmbito coletivo.” (Plano Nacional do Livro e da Leitura)
Além disto, o projeto busca suprir uma carência de ofertas de ações e programas culturais na cidade, prevendo a utilização dos espaços públicos e possibilitando o envolvimento e participação de toda a população.

Para maiores informações e para dar suas sugestões, envie-nos um e-mail:rodasdeleituras@gmail.com