quarta-feira, 11 de maio de 2011

Novos Desafios para a Educação do Século XXI


Um país se faz com homens e livros, isso afirmou Monteiro Lobato, o grande escritor brasileiro. E justiça seja feita: Lobato foi um exemplo de patriotismo e vanguarda. Ele deixou lições preciosas para todos os tempos e todas as idades. Então, o que devemos fazer é ler, pesquisar, refletir e encontrar novos caminhos para a Educação neste século XXI, que não anda bem, necessita de uma revolução. A educação engloba ensinar e aprender. E também algo menos tangível, mais profundo: construção do conhecimento, bom julgamento e sabedoria. A educação tem nos seus objetivos fundamentais a passagem da cultura de geração para geração.

A saúde, a segurança, a infra-estrutura, o meio-ambiente, as relações interpessoais, a solidariedade, a ética etc, tem que ser alicerces para construir a moradia da educação. Podem nos tirar bens materiais, da família, da terra natal, mas não há um ser capaz de retirar do outro a sabedoria. Esta não pode ser roubada.

Por tudo quanto se deseja para o mundo educacional, a educação do século XXI não pode ficar olhando para o passado, deve, antes de tudo, olhar o futuro horizonte, pensar em trabalhar, com os alunos, objetivos significativos, tais como: valorizar a inteligência coletiva e não a individual; perceber que todos são capazes e não uma minoria; valorizar as inteligências múltiplas; a emoção e a imaginação devem ser tão importantes quanto o conhecimento técnico; ter capacidade de resolver questões abertas e imaginar futuros alternativos, assim como a necessidade contínua de adquirir novos conhecimentos durante toda a vida. A educação não é um processo estanque.

Avistamos que enquanto o desafio da globalização é ter a visão do todo, a escola continua separando as disciplinas, o complexo é reduzido ao simples, exigindo cada vez menos a compreensão e a reflexão, fazendo com que os jovens percam suas aptidões naturais de contextualizar os saberes e integrá-los em conjuntos, produzindo, assim, ignorância e cegueira. A mente humana precisa ser desenvolvida e não atrofiada. Morin (2003) A educação não pode mais ter, somente, um conteúdo determinado, aquele que o aluno assimila e carrega para o resto da vida.

A escola deve pensar na diversidade do mundo em que vivemos e que as pessoas devem estar preparadas para lidar com os múltiplos contextos da vida.Entende-se que para a Educação mudar o mundo é preciso que atinja, pelo menos, os quatro pilares do conhecimento, quais sejam: aprender a conhecer; aprender a viver juntos; aprender a fazer; aprender a ser. É, também, fundamental, que as escolas estejam debruçadas nos sete saberes necessários à educação do futuro: necessidade de conhecer o que é conhecer; a capacidade de conhecer o conhecimento; a capacidade de ensinar a condição humana; a identidade terrena; enfrentar as incertezas; ensinar a compreensão; ensinar a ética do gênero humano.

Entende-se que a educação do século XXI não tem a finalidade única de preparar os alunos para o mercado de trabalho, mas facilitar a adaptação aos diferentes trabalhos que aparecem com a evolução da produção diante da globalização, onde talento e criatividade são importantes, assim como formar cidadãos democráticos e conscientes dos seus direitos e deveres e que resgate o ser humano existente dentro de cada um de nós.

Para que o trabalhador tenha condições de atender a todas estas exigências, é preciso que a educação do século XXI esteja voltada para o desenvolvimento do aluno como um todo. O que requer um pensamento moderno em relação à educação, sendo necessário equilibrar as políticas educativas e culturais, a formação dos professores, os métodos pedagógicos e o conteúdo, sempre em busca da apropriação do saber, através de uma educação de qualidade que proporcione ao aluno buscar e compartilhar conhecimento. Assim, é urgente uma reforma educacional que privilegie a integração do conhecimento com a moral e a ética construindo assim, um mundo mais solidário e justo.

Produzido por:  Luisa Lessa  - Uma estudiosa da vida, amante da ciência e dos bons textos.